“Nós atuamos no fortalecimento dos vínculos familiares, sociais e
comunitários”, Poliana Santos diz Assistente Social da AMA.
O conhecimento sobre autismo aumentou. Essa é uma
constatação de profissionais, pais e voluntários que diariamente lidam com
crianças, jovens e adultos com o Transtorno do Espectro
Autista.
No Piauí a AMA (Associação de Amigos dos Autistas do
Piauí), que funciona no bairro Primavera na Zona Norte de Teresina, assiste 120
autistas na faixa etária de 3 a 57 anos e seus familiares. Além disso, contribui
para que a sociedade amplie a compreensão sobre este público todo especial.
Atualmente, a ONG (Organização Não-Governamental) é a
única no estado a oferecer um atendimento gratuito a quem procura informações
sobre o autismo. Diariamente a Assistente Social da AMA, Poliana Santos,
realiza o acompanhamento de pais e filhos que são assistidos na entidade. Ela
ressalta a importância do Serviço Social que já existe desde 2007 e tem
facilitado o acesso a diversas políticas públicas.
Poliana Santos - Assistente Social da AMA |
“Esse trabalho é feito na forma de atendimento, apoio e
encaminhamento à rede municipal, estadual e até a federal, onde nós atuamos no
acesso a esses benefícios, assegurando os direitos da pessoa com deficiência e
direitos também da família, com relação a todas as políticas públicas de saúde,
de educação, de assistência social, de habitação. Além disso, nós atuamos no
fortalecimento dos vínculos familiares, sociais e comunitários”, reforça
Poliana Santos, Assistente Social da AMA.
O autismo é classificado, como: leve, moderado e severo.
As formas leves afetam o comportamento e restringem a interação social, mas as
outras áreas de desenvolvimento são preservadas. Neste caso, muitas pessoas
vivem anos até mesmo sem receber o diagnóstico, pois o comportamento de
crianças, jovens e adultos autistas é confundido com o de pessoas tímidas.
Na outra ponta, a forma severa é definida pela deficiência
intelectual mais grave. Neste caso, a comunicação verbal e não verbal quase que
totalmente comprometida e o autista, não consegue interagir socialmente ou
consegue manifestar afeto até mesmo para com os pais.
Acompanhamento AMA-PI
Um exemplo é o de Jeovânia da Costa, do povoado Mata Pasto zona rural de
Teresina, que conheceu a AMA, após o filho ter sido diagnosticado com autismo leve
aos 2 anos e 8 meses. Ela afirma que reagiu naturalmente à notícia e logo foi
buscar ajuda. Como havia muitas famílias na fila de espera, só há dois meses
conseguiu uma vaga na AMA. Além de encarar o filho como alguém sem qualquer deficiência,
a mãe compreendeu que o garotinho Fernando José com 3 anos, precisava de um
acompanhamento. Hoje ela reforça o quanto o trabalho dos profissionais da AMA
tem sido fundamental para o desenvolvimento do filho. Quando chegou à entidade,
Fernando tinha dificuldades na fala e não conseguia pronunciar muito bem as
palavras.
Jeovânia da Costa - Mãe de criança autistas do povoado Mata Pasto |
“O meu filho não conseguia desenvolver a fala, a gente
não entendia nada do que ele dizia, e ele só falava coisas repetitivas. Lá em
Mata Pasto nós temos o médico da família que encaminhou. A própria pessoa que
diagnosticou, foi que fez o encaminhamento e indicou que existia a AMA em
Teresina. Ele já estuda aqui na AMA há dois meses, no turno da tarde, segunda e
quarta”, lembra a mãe Jeovânia Costa.
As dúvidas que antes só se multiplicavam, agora estão
sendo sanadas a cada vez que aparecem. Mais do que um local aonde vai buscar o
desenvolvimento do filho, Jeovânia passou a considerar a AMA a sua segunda
casa. Ao olhar para o passado e enxergar as vitórias de Fernando a cada dia, à
agora “família”, ela tem uma verdadeira gratidão pelo trabalho dos profissionais,
que é feito com o afeto e o cainho necessário.
“Agora eu não tenho mais dúvidas né, mas quando eu
tenho qualquer dúvida eu venho aqui e converso com a Assistente Social. É um
mundo novo, tudo é novidade pra a gente. A AMA é importante pra tudo. Ele se
desenvolveu mais depois desses dois meses que ele tá aqui. Não tem explicação,
não dá pra a gente dizer o tanto que é importante. A gente adotou a AMA como
uma família mesmo”, reafirma, Jeovânia.
Assessoria AMA
Contatos: (86)
3216-3385/9522-2404/9969 5288
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